(Por Diego El Khouri)
Em ti deitou a beleza
fez morada
sua carne
expulsou da mesmice o pecado
iluminou na tua face
o que foi sondado
deitou na sua boca o imaculado
perdeu em seu peito o inebriado
em ti vejo a beleza dos fatos
a fumaça do passado
a verdade sem
mácula
a boca
vermelha
inspirada
em ti sinto a vida falada
o canto cantado
o cabelo vermelho encaracolado
o verso na noite sem vida iluminando
a existência em divinas proporções imaculadas.
Voz marxista
boca de ninfa
seu olho é o clarão que a noite ilumina
teu beijo é o filme
na madrugada dividida
o cântico perdido e esquecido
no medo vizinho
a anistia libertária
na porta amiga
a cozinha quente
no prato da vida
a sensualidade eterna
na efemeridade da vida
que vida! que sonho! que força!
acostumei, por noites infindáveis
a repetir versos, histórias,
olhar paisagens
caminhar nas praças
acordar cedo
trabalhar duro
esconder a alma
cuspir no acaso,
mas os olhos mudam
os mares se revoltam
a tempestade seduz
e o desejo aquece
e é com esse desejo
que me lanço na tempestade bucólica
de seus cabelos
e com esse mesmo desejo
beijo esses vermelhos cabelos
beijo esses vermelhos cabelos
e enfrento a luta mesmo que armada
contra a hipocrisia do nada
que a televisão propaga
e os reacionários falam
você sim me inspira
ó clarão da madrugada
linda revolucionária
sedução embriagada.
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