quinta-feira, 26 de julho de 2012

MOLDURA

(Por Diego EL Khouri)

Dentro da moldura
que a alma se enlaça
sou um objeto inóspito
sem medo em ânsia.

Sou fóssil de Morte bélica
veneno sujo, fétido,
quintessência lúdica tétrica
da alma que se fecha.

Canto monódico hermético
movimento só dos quadris
essa festa que na alma emerge
me faz sentir todos os rins.

A síntese do acaso
coxas febris de orgasmo.
A vida, ócio desbaratado da dor,
sorri, finge sentir um calor

que é apenas álcool
- o doce gosto da madrugada
correntezas nectarizante voz
pra lua que nada é fácil...

Fóssil de Morte sem regras
no veneno que infecta
vírus hospedeiro herdeiro
libertino do sadismo baudelairiano.

- Ariano, asno feroz -
noite, visões, espasmos, madrugada,
estrelas, copos, corpos, acaso,
ariano febril na noite que atravessa

e dispersa tudo, tudo, tudo, tudo...
(novas regras)
Anjo solitário, algum futuro nessa Terra?

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