sexta-feira, 17 de agosto de 2012

BIGODES DE MEUS PINCÉIS

(Por Edu Planchêz)

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Tudo que acontece em minha vida
é para o meu bem
A escuridão acabou,
andei, andaste

da estrada
dos bandeirantes à miguel lemos,
do diamante ao carvão,
da dança livre
aos aritméticos passos
do clássico bale

minha casa está cheia de áfricas...
minha casa abriga
o cipreste das etnias

e em minha casa,
não havia mais se quer,
um palito de fósforo,
para acender a tocha
dos jogos das próximas horas:
usei a faísca elétrica
saída dos fios de um transformador
(por mim desencapados
e unidos)
para gerir a explosão
que acende no gás
a determinante chama

voltemos aos ares
das comarcas dos céus

onde foi que nasceu essa dor?
indo e vindo,
entrando na cerne das vivencias:
ambições, prazeres e desprazeres...
eu quero ver
onde começou essa dor
e chorá-la:
vou me abrir não me fechar...
diante do desintegrar-se

sob os fios condutores
do presente futuro,
amarro os bigodes
de meus pincéis

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